No Grupo, ninguém o trata por ‘engenheiro’ ou ‘senhor’ e raramente usa fato e gravata. Licenciado em Engenharia Informática pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, possui ainda um Executive MBA pelo Instituto Francês de Gestão e acumula uma vasta experiência em áreas como a programação, consultoria em sistemas de informação integrados, engenharia de processos e segurança, robótica e inteligência artificial e o desenvolvimento e gestão de projetos.

Lidera o XIS Group desde 1998 e vê no conjunto de empresas uma segunda família. Foi como programador que deu os primeiros passos na sua carreira profissional, em Lisboa, na antiga GEDI (atual SIAG). Nunca pensou ser gestor ou administrador, mas o desejo de rasgar horizontes não tardou a acrescentar-lhe essa têmpera.

É conhecido pela sua tenacidade e orgulha-se do modelo de gestão humanizado e da cultura de proximidade com o cliente que ditam as ‘regras da casa’. Acredita que esta filosofia é um elemento diferenciador e não concebe outra forma de gerir pessoas. Dessa matriz, nasce tudo o resto, inclusive “o relacionamento ímpar” com os clientes. “Têm uma enorme consideração por nós. Sabem que não desistimos enquanto não resolvemos um problema.”

Assume que tem saudades de programar e que, por vezes, não se importava nada de “voltar atrás e pôr umas musiquinhas.” Aos 17 anos, já era DJ na discoteca Vespas, e recorda o furor que, nessa altura, fizeram os dois ‘maxi singles’ que trouxe da sua primeira viagem ao estrangeiro, um dos Duran Duran e outro dos Police, comprados em Londres, com dinheiro que havia poupado. “Durante três semanas fui um herói, porque aquela música ainda não tinha chegado a Portugal.”

Esteve na cabine das Vespas durante vários anos, e, hoje, em ocasiões especiais, ainda veste a pele de DJ. Além da paixão pela música e pelas tecnologias, também aprecia arte, sobretudo pintura, e gosta de cozinhar ao som de uma playlist, declinada em temas que vão ao encontro de diferentes estados de alma.